sábado, 7 de janeiro de 2012
Prisioneira do Arbítrio
sexta-feira, 24 de junho de 2011
DECEPÇÃO
sábado, 16 de janeiro de 2010
RAÍZES
Hoje tá doendo
Pontas de raízes ainda fincam
Pra mostrar que a dor
Precisa bater seu cartão em mim
Pra me deixar passar a limpo
Me regenerar por dentro
Remexer a terra
Deixar a alma receber outro plantio
Na verdade, pensei em sair da minha pele
Olhar pra mim e dizer uma frase feita
E fingir que nem é comigo...
Não... Isso não faz o meu tipo!
Então, seja o que for, o que der e vier
Estou aberta às sementes...
Da vida, do acaso, dos desencontros
Do dar certo e do dar errado
E, claro, do meu amor
Amanhã vou sair
Vou comprar um cinto e pintar o cabelo
Hoje vou tomar um copo de vinho
E quando dormir vou cortar essas pontas...
Essas pontas de raízes...
E adubar a minha terra
Amanhã vai chover
E, no fundo eu sei: tudo renasce...
16.01.10
terça-feira, 8 de setembro de 2009
DUDA
Não ta nem aí
Não quer saber de nada
Às vezes fala comigo
Quando quer... do seu jeitinho
Só enxerga seu próprio umbigo
Mas me olha com carinho
Também me deixa furiosa
Ela é o cúmulo da independência
Além de preguiçosa
Me obriga às suas massagens
Tenha a santa paciência!
Tem coisas que não dá pra deixar pra lá!
Pois não há quem me segure
Quando ela destrói nosso sofá!
Desse jeito vamos indo...
Acho que o caso não tem cura
Essa é a nossa vida
Com essa coisa peluda
A malfadada, mas muito amada
Nossa gata: a Duda.
domingo, 6 de setembro de 2009
MIRAR SIN LENTES
Me gusta cuando ries con miel en la mirada
Se me prende el corazon cuando te acercas
Pero me hiere tu callar cuando me siento aprisionada
De mis miedos, de mis dudas, de mis cosas malas
Me despiertas las ganas de cantar muy alto
De no dejar muchas palabras por decir
Pero me hiere pensar que dá igual si te falto
Si te dejo solo, si te dejo dormir, si te dejo vivir
Se me nublan los ojos si pienso en alejarme
Se me revuelve el estómago, la vida, la mente
Porque no quiero pensar asi, me da miedo amarte
Quiero quedarme quieta y llorar bajito siempre
Pero si al fin paro de pensar esas estupidezes
Y Dejo de querer correr donde no hay espacio
Si se me turba lo que veo afuera y me miro sin lentes
Veo que te quiero siempre y empiezo a vivir despacio
(Carla Amarelle)
sábado, 5 de setembro de 2009
MEU SOL PARTICULAR
Tudo gira e circula
O mundo todo gira
E giramos juntos
Cada um no seu próprio mundo
Rodamos e dançamos
Sem parar um segundo
Há quem insiste em sair de sua órbita
E girar em outro lugar
Ao redor de quem está por perto
Mas que tem seu próprio girar
Essa dança nos faz chocar talvez
Eu gostaria de girar junto
Saber girar só, ao menos uma vez
Giro porque o mundo gira
Giro porque preciso acelerar
Dar parte de mim à vida
Cada pensamento mofado ao luar
Giro conforme o som que me pira
Pois cada qual tem seu dançar
Dou o passo só no que me inspira...
Giro na minha própria sinfonia...
Mas com teu calor, meu sol particular
(Carla Amarelle)
EU ME RENDO
Se o coração quebra, eu colo
Se a saudade me bate, eu mato
Se abandonas minha mente, eu choro
Se a enches, eu vazo
Pra dar espaço pro vazio, imploro
E se afogas mágoas, eu nado
Então fica pra sempre
Afina o violão e senta ao meu lado
Arromba minha mente
Me leva, me invade, eu me rendo...
Meu coração tá cansado.
(Carla Amarelle)
segunda-feira, 29 de junho de 2009
DESDÉM
Sentir o que se sente tendo o eco pela frente
É chorar no vazio pra quem não ouve,
Não vê, nem sente
É encher de amor os braços
E a vida vir pra puxar o tapete
Dar de si até o que não se tem
Criando no ato de amar o próprio bem
Podar a árvore no pomar
Voltar na primavera pra ver
E... Nem a flor, nem ninguém...
Assim se vive...
Mal ou bem...
Com ou sem...
Sozinho ou com alguém...
Carcereiro ou refém...
Apesar do seu desdém...
Que me dói, que não faz bem...
Que me tortura não porque maltrata
Mas pelo silêncio que contém.
Carla Amarelle
sábado, 13 de junho de 2009
ELA
Uma luz brilha em seu olhar - ela sorri
Seu coração está cheio de angústia - então chora
O tempo passa - ela ficou no passado
Todos cantam - ela não consegue ser feliz
Tudo está claro - ela vive numa intensa escuridão
Tudo é confuso - ela tem pesadelos
Há passos na escada - ela sente medo
O silêncio é profundo - ela está só
Sua mente está confusa - ela entra em pânico
Seu coração sangra - porque ela ama e não é amada
Carla Amarelle (na adolescência - 27.12.84)
quinta-feira, 11 de junho de 2009
O AMOR
A dor que vem do tanto querer
De ver-se meio e querer ser inteiro
É sonhar dar-se como presente todo o dia
É tornar-se belo quando visto pelo olho alheio
Enxerga-lo e já bater o frio na barriga
Sofrer se passou um minuto e ele ainda não veio
É querer comprar tudo o belo que vejo
É pretender enfeitar sua vida o tempo todo
Ver uma estrela e incluí-lo sempre no desejo
Achar tudo bonitinho... até o seu bocejo
É perder a tarde e a razão escrevendo pra você
É querer só alegrar seu coração até o fim
Dedicar-lhe este poema de amor, embora pareça clichê
E terminar sempre com a ilusão de que não ficou tão ruim
Carla Amarelle